A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.
Mas já na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa) e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de Cartola).
Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP).
A partir dali, difundir-se-iam artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.
Elis Regina levou a serio o bilhete que Vinicius de Morais lhe mandou e fez com que "Arrastão", de autoria do poeta e Edu Lobo, tirasse o primeirissimo lugar no I Festival Nacional da Musica Popular Brasileira, ganhando para seus autores a quantia de 10 milhões de cruzeiros e um "berimbau de ouro", que Vinicius e Edu vão dispensar para presenteá-lo a Elis. Para surpresa e desagrado de muitos, a segunda colocada foi "Valsa do Amor Que Não Vem", de Baden Powell e tambem com letra de Vinicius que, assim, conseguiu abiscoitar mais 5 milhões e meio de cruzeiros para dividir com seu parceiro, alem de um "berimbau de prata dourada", que tambem vão deixar com Elizete Cardoso, a interprete da canção.
Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.
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Hoje no Mistura Cenários teremos EDINHO VILAS BOAS - Cantor Compositor e Guitarrista, se apresenta cantando “MPB”, e interpretando suas canções, a partir das 21:00.
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