De uma família pobre de Maceió para o altar dos intocáveis da MPB, Djavan trilhou um caminho em geral fadado ao fracasso: chegou ao Rio como retirante em 1973 para tentar o sucesso, confiando apenas em seu talento.
Em 1975 interpretou a canção “Fato Consumado”, que lhe garantiu o segundo lugar no Festival Abertura da Rede Globo.
No ano seguinte gravava seu primeiro álbum, “A Voz, o Violão e a Música de Djavan”, no qual constam, entre outros clássicos, “Flor de Lis” e “Maçã do Rosto”.
Desde então começou a consolidar uma das carreiras mais consistentes da música brasileira. A explosão definitiva viria em 1982 no disco “Luz”, que contou com a nobre participação de Stevie Wonder. Dois anos mais tarde estrearia como ator no filme “Para Viver um Grande Amor”, de Miguel Faria Jr.
Um pouco sobre o menino Djavan.
Djavan poderia ter sido jogador de futebol. Lá pelos 11, 12 anos, o garoto Djavan Caetano Viana divide seu tempo e sua paixão entre o jogo de bola nas várzeas de Maceió e o equipamento de som quadrifônico da casa de Dr. Ismar Gatto, pai de um amigo de escola.
Da primeira paixão, despontava como meio-campo no time do CSA, onde poderia ter feito até carreira profissional. Mas é na viagem sonora pela coleção de discos do Dr. Ismar, que para o pequeno alagoano parecia conter toda a música do mundo, que desponta um artista: o compositor, cantor, violonista e arranjador Djavan.
Nascido em 27 de janeiro de 1949, em família pobre, aprende violão sozinho, nas deficientes cifras de revistas do jornaleiro. Aos 18, já anima bailes da cidade com o conjunto Luz, Som, Dimensão (LSD). Não demora a ter certeza: precisa compor.
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